Por Liane Rossi
Tive um gato que apertava os olhinhos pra mim, pra dizer que me amava. Criamos essa dinâmica, eu apertava os olhos pra ele e ele pra mim. O nome dele era Gorjeta.
Ele chorava na porta do meu quarto toda noite. Uma dessas noites coloquei na caminha dele a camiseta que tirei do corpo. Ele deitou em cima e parou de se lamentar. Criamos essa dinâmica. O nome dele era Gorjeta.
Adoeceu uma vez e no hospital veterinário o médico perguntou se seria difícil coletar o sangue. Nunca tínhamos feito isso antes, mas achei que não seria. Ele encostou a cabeça na minha barriga e ficou imóvel . O médico ficou encantado. O nome dele era Gorjeta.
Ele se sentava em frente a mim e não desviava os olhos verdes melados, até adormecer, sentado, dormindo de tanto amor. O nome dele era Gorjeta.
Era um gato preto enorme, com o pescoço igual o do Mike Tyson. Faz seis anos que ele morreu e hoje eu precisava muito lembrar e contar dele. O nome dele era Gorjeta.
Era filho da Panela, que morreu a poucos meses. Eram do vizinho da outra rua e me adotaram. E foram meus e fui deles. O nome deles era Gorjeta e Panela.
Podemos ler outro relato em: Por que o luto por animais de estimação, apesar de doloroso, ainda não é reconhecido?
Deixe um comentário