Eu sempre fiquei pensando como seria minha vida depois que minha mãe se fosse. Da hora que recebi a ligação em que eu já imaginei o que tinha acontecido, até o momento do velório, muitos amigos e familiares, achavam que eu tinha me embebido de calmantes, chá de cidreira. Na verdade, aquela calma era justamente a minha preocupação em fazer tudo do jeito que ela queria, e agir exatamente como ela agiria. Então, busquei nela a tranquilidade, a mesma tranquilidade que ela tinha quando aconteciam essas situações, inclusive quando perdeu um filho.
Busquei perceber e seguir com aquilo que ela tinha me ensinado, sem esconder sentimentos, sem deixar de chorar quando era preciso ou de dizer o quanto eu sentia a falta dela.
O que percebi é que fiquei com o melhor dela, o melhor dela permanecia em mim e aquilo foi maravilhoso, pois me ajudou a seguir, a voltar para as atividades, a ver a família e os amigos, a lembrar do quanto ela foi boa com todos e, naquele momento, eu teria que ser também.
Sinto falta todos os dias, mas todos os dias ela está em mim, com o ânimo e a disposição para ir à luta. Pela memória dela.
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